MEU JARDIM FÚNEBRE

Todas as loucuras que a bruxa pensa... ou todos os pensamentos de uma bruxa louca!

O teu uniforme, teus méritos, são tão medíocres quanto a lei da vida, pois a força não virá com tua maldade e tamanha prepotência. E nem a essência te salvará porque te odiará a própria cria... Pois quem de ti se orgulharia?  _ Só os homens que te ergueram um dia, todos pobres de alma, fracos sem fé!

"Despertar sem sombras de maldade é querer ser sempre bela adormecida... Temos que compactuar com o mal e comer no prato do desprezível, é só aprender as normas do bom fingido: saciando-se do alimento do inimigo."

Minha cabeça ainda se encontra em pane, estou quase enlouquecendo! Queria esquecer. Mas como fugir daquilo que nos persegue?
Quem nos elege para sermos os alvos dos dardos? De repente, estamos completamente feridos. As dores são tão fortes que imploramos pelo alívio da morte, então, ouvimos todas as vozes dos demônios que nos cercam.
É inútil procurar algum abrigo, é ilusão acreditar que há algum consolo. Num só mundo, tantos rostos suplicando o mesmo remédio: Remédio para a alma, que nos curem da culpa, e da mágoa...
Ainda credes que o amor reconstrói todos nós?
Espero que achem as respostas em outros livros, não acharão no meu. Pois assim, livro-me da acusação que provavelmente sofreria: Leitura perturbadora e de grande risco, causadora de angústia, depressão e de um possível suicídio! [risos]


Saber lidar com os riscos é uma virtude;
Por isso, jamais me arrependo do que faço;
Pois, o que separa o prazer obtido e o descaso;
Saibas, é apenas um mísero passo.

O presente é como uma faca afiada;
Pode nos proteger, mas também nos machucar;
Quando o futuro: não existe, ou nunca vai chegar;
E nós, como idiotas desejando o ressuscitar.

Amor destruído como fogo pela água;
Amizade devastada como mata pelo fogo;
Não sei se estou morta por vida, ou vivo morrendo;
Mas sei que deixei de viver desde aquele momento.

Assim, temo ao que ainda me virá;
Sem saber se sou capaz de continuar;
Mas continuo até enquanto for capaz;
Os céus, os véus, eles encobrem minha dor...

Escondem em mim, tanto o ódio quanto o amor.


Ruídos, os morcegos essa noite anunciam chuva
Você não entende, mas a vida continua...
De nada importa se não sabes das leis de ordem,
Pra você, o importante são as coisas naturais.


Não é complicado conhecer os teus limites,
E admite, desconhece a essência que eu conheço,
Erraste, mas saibas que eu erro também,
Só que eu busco aprendizagem nos livros que tu não tens.


Ao longe escuto seus gritos e assombra a fome mundial,
Mas você não é culpada, não se acha, por que iria se preocupar?
Desta forma, sempre encontra sua melhor saída,
Já que pra viver, temos que “cegar” ou “morrer”.


Segue teu discurso sem nenhuma frase complexa,
Jamais recorreu às teorias, Freud desconhecido.
E se não entendes o que eu digo,
Um dia, quem sabe eu te explico.


Simples, queres mesmo o que já tens nas mãos,
Nas mãos eu queria encontrar assim tão simples,
Sem esperar por um tesouro, ou um príncipe...


Ser insultada, difamada e ainda assim ser célebre
Fazer um contrato com Deus como o teu, Celly.




Pálidos sob a sombra da terra
Auréola gris pela poluição da mente
Retratam-me todo pus interno
Do pútrido tumor das guerras.


Violinos mortais tocam a sinfonia da destruição
E as trevas, avermelhadas de sangue
Parecem as vestes de uma virgem estuprada
Como ela gritaria, todos gritarão sua própria dor.


A zoospermia assusta os sobreviventes
Já que o sexo vos é sacrossanto
E a concepção de novos anjos
Deve ser concluída até o final de sete dias.


Teremos apenas mais três anos de vida
Isso, se nos entregarmos à beatitude de Nirvana
Já que teremos sempre a nódoa dos vermes
Que depois desse tempo iniciarão o nosso fim.


Nem meu cálido desejo por ti me aquecerá
Tampouco teu fogo resistirá às tempestades
Pois será a mais perversa maldição
Já que ninguém seguiu as leis de Hades.


Os solitários se abrigarão do desespero
E o “Senhor Medo” é quase dono de tudo
Porque seremos castiçais mudos
Das velas da nossa própria perturbação.


O sol será como ácido em nossa pele
E a profecia da bíblia falha outra vez
Pois os últimos dias não serão na escuridão
A claridade nos matará quando imploraremos pela noite.


Cada lugar na terra com um bosque do pecado
E muitas fontes com a sua água envenenada
Sábios, sobre os ensinamentos da dor
Leigos, sobre a religião do amor.


E o que será o amor nesse momento?
Será a vontade do próprio salvamento
Mesmo vendo o desespero de crianças morrendo
Sem que saibam ao menos o porquê.


Meu licorne negro morrerá com a epidemia
Assim como o único homem que desejei
Queria saber fazer psicagogia
E invocar a alma desse santo que amei.


E como ficaremos nesse momento?
Coroa sem rei, assim sem tua presença
Ignorando as farsas das crenças de risco
E morrendo sem conhecer nenhum Jesus Cristo!


Penso, do que me valeria ter acreditado na vida?
Ainda bem que jamais me deixei iludir
Mesmo com tamanha desgraça ainda consigo sorrir
É que as suas mentiras não penetram mais o meu ego.


Então, essa morte me é analgésico e timoléptico
Posso até sentir minha cabeça mais leve
Mesmo sabendo que essa é a minha última estação
E o vale das sombras será o nosso próximo destino.


E acaba o som dos violinos...
Apenas porque tudo já acabou!



Nanda Zombie
Janeiro de 1999










São gente muito estranha as Bruxas. Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Gente que fala com plantas e bichos. Dança na chuva de madrugada, entra na floresta sozinha. Cultuam a Lua como Deusa e lhe faz celebrações... São Gente muito estranha essas Bruxas! Falam de amor com os olhos iluminados como par de lua cheia. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam em uma harmoniosa cadência natural. Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas lágrimas e sofrimentos. Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão. Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independente das agruras do caminho. Essa gente vê o passado como referencial, o presente como luz e o futuro como meta... Na verdade, não são nada estranhas! São apenas mulheres que sentem mais, que demonstram o que querem, mesmo carregando um olhar com o mais fascinante mistério. São cobertas de véus, esses só encobrem o que é óbvio, aumentando assim os desejos, pois exala na pele a essência da própria natureza feminina. Acreditam no poder da feminilidade, estão sempre fazendo da maternidade a sua maior magia e através da incessante luta pela paz, invocam os poderes do universo para que a sua passagem sobre a terra tenha um significado a mais.




Credes que os templos são meios de reparar as tuas faltas? Pobres almas!

Os sentimentos atuam por intermédio da alma, o corpo e o coração são seus instrumentos de manifestação.

Quando somos jovens, nossos erros são na verdade, aprendizagens, e nossas decepções devem servir também como lições. O compromisso da razão com o princípio é a conscientização.

Nós precisamos aprender com a conformação de ter o que realmente podemos, é melhor do que se ter tudo em sonhos, onde a realidade não passa do cultivo da própria ilusão.

"Odeio esse mundo de fé na burrice e lucros com a devoção. Onde o deus é um ser mudo e surdo, mas que para ficar com o seu dinheiro, carrega uma ótima visão!" (NZ)

Sentir compaixão, por quê?
Ninguém é sincero comigo,
Não vou ser sincera também.


O nome da facilidade: mentira
Complicado é permanecer correto
Mas é fácil ser comum
Nunca consegui ser isso mesmo!


Nos falam de amor ao próximo
Mas não há próximos nos amando
Por isso tudo é abismal.


Você é cego, eu estou
Então, ninguém acha esse amor
E ele também não nos achará
Não é cego também?!!!




"Eu sou a forma hospitaleira do terror: Quarto escuro e assombrado, o absurdo simplificado que vocês não conseguem enxegar..." (NandaZombie)

Vou falar das coisas que eu detesto;
Eu quero falar de flores, e amores.

Chorando ao som de Concerto For Flute Andantino;
E compreendendo os fatores da incompreensão;
Me calando na hora de qualquer pergunta;
Mesmo quando sei o que responder;
Poupar a mim, de mim mesma.

Implorando aos céus em silêncio;
Desejando que esse dia ensolarado se vá;
Que esses malditos pássaros parem de cantar!
E festejar a existência, a própria, a alheia;
Quando eu, com minha alma tão cinza...

E que em nada combina com a vida lá fora
Tão linda!

Meus gritos por liberdade povoam catedrais esquecidas
E despovoam cidades conhecidas.

Mas o meu medo e ansiedade é conversão:
Eu tenho psicastenia.
Quando essa agonia vai passar?
Quando me livrarei dessa dor psíquica?

Deixaram-me morta... 
Mesmo estando viva,
Desprezaram a certeza do meu sofrer,
Julgava só o próprio sofrimento ser o pior.

Não quero mais chorar,
Mas é tão difícil esquecer,
E quase impossível recomeçar.

Talvez, esteja eu condenada,
Me condeno por um crime que não é meu.

Se tivesses feito válida a conformação,
Teríamos acabado ao menos...
Com o meu propósito: Perdoados!

Pelo tiroteio da tua inconformação,
Pela minha busca por libertação

Mataram-se dois!

Antes que me reencontre com a perversão, toda a irracionalidade aliada e com toda a vulgaridade por tradição, eu preciso preparar-me. Preciso imunizar a minha alma, já que o meu corpo, esse será mais um a participar da insana festa de Dioniso...
E ao invés do meu choro inspirador, os sorrisos: Imbecís, sem sentido!

05/02/2005

"Todo ser humano é sincero... quando diz que sabe mentir!"

"A juventude vai ser compreendida, mas só quando forem maiores de 50!"

"Venhamos ao paraíso! O paraíso é a minha guerra, no inferno do teu céu."

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