A morte previsível é amiga protetora,
Ela vai te querer
Mesmo que todos não te queiram;
Ela vai te vestir sombria
Com roupas fúnebres e belas.
Ela não vai te condenar
A nada além dela mesma.
Leal companheira,
Feliz por ela ser minha credora,
Compensarei com meu corpo apodrecido
Pela alegria de livrar-me da incompreensão.
Não! Eu não quero ser cristã!
Serei entregue aos vermes
Do mesmo jeito que foi meu avô,
Ou qualquer cachorro pulguento.
Tens medo do dia do julgamento?
Espero tranqüila a minha condenação.
Porque pagarei pelo mal que fiz
E pagarão pelo mal que a mim foi feito,
Será igual, do mesmo jeito.
Então morte, és salvação
Dentre o esfalfamento dos homens
E toda nossa desunião.
Agora, a que permanece...
Em um mundo onde não se nasce,
Em um tempo onde não se cresce.
Espero-te morte...
Com minha triste obsecração!
Nanda Zombie 22/07/1999
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